A segurança nas escolas é uma preocupação crescente em nosso mundo cada vez mais digital. Com a rápida evolução da tecnologia, as instituições de ensino enfrentam desafios únicos na proteção de alunos, funcionários e informações sensíveis. Felizmente, a tecnologia também oferece soluções poderosas para tornar as escolas mais seguras.
Mas como é possível conciliar a segurança, ainda que virtual, com a liberdade que os ambientes de educação exigem?
Certamente não há resposta única ou uma solução milagrosa que atenda essa enorme lacuna, mas se observarmos alguns pontos, podemos sim, aumentar a cultura de segurança cibernética nas escolas.
O primeiro passo para aprimorar a segurança é controlar o acesso físico e virtual. Devemos considerar a implementação de sistemas de controle de acesso baseados em cartões, impressões digitais ou códigos PIN para restringir a entrada apenas a pessoas autorizadas. Além disso, é importantíssimo adotar a autenticação de dois fatores (2FA) para contas online, como e-mails institucionais e sistemas de gerenciamento de aprendizado. Isso torna muito mais difícil para invasores acessarem informações confidenciais.
Para todo o corpo docente é necessário estabelecer políticas de senhas sólidas considerando as contas de usuário em sua escola. Incentive o uso de senhas complexas e a troca regular delas. Lembre-se de que senhas fáceis de adivinhar são um alvo fácil para invasores. Imagine o estrago que a senha vazada de um diretor ou diretora pedagógico pode causar em toda a comunidade de pais e alunos.
Um tema polêmico, mas necessário, são as câmeras de segurança. A instalação de câmeras em locais estratégicos dentro da escola pode ser uma medida eficaz. Mas de nada adianta se não há como recuperar as imagens. Por isso, certifique-se de que essas câmeras estejam conectadas a um sistema de monitoramento em tempo real, que pode ser acessado pela administração da escola e pelas autoridades locais em caso de emergência. Isso não apenas inibe comportamentos inadequados, mas também ajuda a resolver problemas rapidamente.
Essas ações podem ser consideradas como a primeira linha de defesa contra os bandidos virtuais, mas não passam de um "pequeno" entrave para gangues especializadas em crimes cibernéticos.
O pessoal técnico, responsável pela tecnologia de uma escola, deve ter em mente a imensa responsabilidade que é manter seguro o ambiente virtual da instituição, por isso algumas práticas, ainda que possam parecer preciosismo, devem ser levadas em consideração, afinal, depois de um vazamento de dados, a única ação sensata é remediar o problema.
De forma abrangente, proteger a rede da escola é crucial. A implementação de um firewall de última geração para bloquear ameaças externas e a adoção de um software antivírus robusto deve estar presente em todas as máquinas da escola. Para que esses sistemas sejam eficazes certifique-se de mantê-los atualizados, somente dessa forma serão capazes de proteger contra as últimas ameaças. Tenha sempre em mente que um ataque de malware pode comprometer dados sensíveis e causar interrupções significativas nas operações da escola.
Lembrando que é necessário manter todos os sistemas e softwares atualizados regularmente. Muitos ataques exploram vulnerabilidades conhecidas que poderiam ter sido corrigidas com atualizações simples. Automatize as atualizações sempre que possível para garantir que sua escola esteja protegida contra as últimas ameaças.
Outra solução que pode ajudar a minimizar os riscos de acessos não autorizados é a criação de redes separadas para visitantes, colaboradores internos, externos e dispositivos pessoais dos alunos. Isso limita o acesso a recursos críticos e protege sua rede principal contra ameaças desconhecidas que podem entrar com dispositivos não gerenciados. Lembrando que os servidores, caso estejam em um datacenter (ou a antiga e velha CPD - central de processamento de dados) nas instalações da escola, precisam ter uma rede separada, monitorada e com perfis de acesso bem específicos.
Agora, o item mais espinhoso de todos: o backup! Quem realiza testes regulares de restauração dos seus backups que dispare o primeiro spam... De que adianta ter uma rotina de guarda de bancos de dados de todos os sistemas da escola, se ninguém nunca fez um restore e testou se está funcionando. Estabeleça um plano de backup robusto para garantir que dados importantes não sejam perdidos devido a eventos imprevistos, como ataques de ransomware ou falhas de hardware, mas certifique-se de que os backups sejam testados quanto à recuperação. A pior notícia na vida de um profissional de tecnologia é: "os dados do backup estavam corrompidos, perdemos tudo!".
Mas nada adianta ter esse imenso e custoso aparato técnico, os melhores firewalls e antivírus, sistemas de detecção de brechas digitais etc., se a escola não começar a pensar como uma instituição do século XXI.
Mudar a abordagem no uso da tecnologia envolve criar uma espécie de "cultura digital", a tão sonhada e badalada transformação digital, que muitas empresas vendem como se fosse uma caixinha, onde basta abrir e todos os problemas em tecnologia estarão resolvidos. Lamento muito dizer, mas não se trata disso!
A transformação digital passa primeiro, pelas pessoas! Sim, afinal quem faz, compra e usa tecnologia? Nós. Pais, alunos, professores... Não caia nessa de que pode ser feito rapidamente ou com alguma solução customizada. Nós na S&M consultores não acreditamos nisso! Cada projeto de transformação digital, precisa envolver as pessoas que utilizam a tecnologia. Por isso, é sempre importante começar com uma comunicação transparente em relação à segurança cibernética. Informe a todos os envolvidos - alunos, funcionários, pais e responsáveis - sobre as medidas de segurança em vigor e como eles podem contribuir para a proteção da escola. Isso cria uma atmosfera de colaboração e responsabilidade compartilhada.
Envolver a comunidade local também é fundamental. Colabore com as autoridades da região, empresas de segurança cibernética e outras escolas para compartilhar informações sobre ameaças e melhores práticas. Juntos, todos podem fortalecer a segurança cibernética em toda a região.
Não esquecendo que a realização de testes regulares de phishing em funcionários administrativos, corpo docente e até mesmo alunos, para avaliar a capacidade de identificar e relatar tentativas de phishing sempre deve ser levada em consideração. Use esses testes como oportunidades de aprendizado e sensibilização para destacar os perigos desse tipo de ataque. Afinal a maior parte dos ataques ainda têm o e-mail como porta de entrada e garanto à vocês: apenas um clique em um e-mail "inofensivo" pode derrubar todo esse castelo de segurança, construído com muito esforço e dedicação.
Lembre bem que manter sua política de privacidade de dados atualizada para refletir as práticas e regulamentações mais recentes é uma obrigação. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está aí para apoiar. Certifique-se de obter o consentimento adequado para o uso de dados pessoais e proteja essas informações com rigor.
A segurança cibernética é um esforço contínuo que exige a colaboração de todos na escola. Educar os alunos sobre boas práticas de segurança cibernética desde cedo pode ajudar a criar uma cultura de segurança duradoura. Ao adotar medidas proativas e manter-se atualizado sobre as ameaças cibernéticas em evolução, você pode fazer da sua escola um ambiente mais seguro para o aprendizado e o crescimento. A segurança cibernética é uma responsabilidade de todos, e sua escola pode desempenhar um papel fundamental na proteção da comunidade educacional.
Conte sempre com a S&M consultores associados, nós temos os serviços, profissionais especializados e os melhores parceiros de negócios para fazer da sua escola um local com alto nível de Segurança Digital.
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